Nosso artigo se propõe a compartilhar uma breve história da aromaterapia, sob nossa perspectiva, e sua relação com fatos curiosos ao longo do tempo. – “Se você quiser encontrar os segredos do universo, pense em termos de energia, frequência e vibração.” Nikola Tesla.

A aromaterapia é definida como o uso de aroma ou fragrância para promover a saúde e o bem-estar físico e psicológico. O “aroma” deve ser de origem natural, geralmente de óleos essenciais ou líquidos aromáticos concentrados extraídos de plantas. A aromaterapia funciona apenas com aromas derivados de fontes vivas naturais, porque os aromas sintéticos possuem cheiro, mas não têm energia.

Embora o termo aromaterapia tenha sido utilizado somente a partir do século XX, o uso de óleos aromáticos e botânicos existe há milhares de anos. Acompanhe, a seguir, uma breve história da aromaterapia.

  • Na Bíblia, tanto a mirra quanto o olíbano são mencionados, entre outras ervas, como plantas especiais usadas para cura ou práticas espirituais.
  • A prática de queimar incenso com o objetivo de criar harmonia e equilíbrio, é utilizada pelos chineses há mais de mil anos.
  • As máquinas de destilação de petróleo bruto estão associadas à Pérsia e à Índia.
  • Uma descoberta arqueológica em 2005, com 4.000 anos em Chipre, de um alambique de argila, foi testada e indicou que o alambique era usado para destilar vegetais, incluindo alecrim e alfazema.
  • A Antiga Civilização Egípcia usava óleos de madeira de cedro, canela, cravo e mirra para embalsamar os mortos, conforme apontado pelos vestígios dessas ervas nos corpos quando os túmulos eram abertos.
  • Acredita-se que os egípcios também usavam outros óleos e ervas para usos espirituais, médicos e cosméticos. O termo “perfume”, que vem do latim “per fumum”, que significa “por meio de fumaça”, pode ter se originado neste período.
  • A civilização grega também usava plantas para fins medicinais e aromáticos.
  • O Império Romano inspirou esse conhecimento para implementar o uso de plantas como recursos médicos. Discórides escreveu um livro chamado “De Matéria Medica”, descrevendo as propriedades de centenas de plantas. Ele praticou a destilação para extrair águas florais.

Os médicos árabes medievais notaram os benefícios medicinais dos aromas ao observar que os perfumistas e fabricantes de incensos raramente sofriam os efeitos da cólera ou de outras pragas que frequentemente varriam o Oriente Médio.

No século XI, Avicena inventou um tubo de resfriamento em espiral que permitia ao vapor da planta resfriar de forma mais eficaz do que os destiladores anteriores.

No século XIII, nasceu a indústria farmacêutica e, com ela, houve um grande crescimento na destilação de óleos essenciais. Durante a Peste Negra do século XIV, acredita-se que alguns perfumistas conseguiram evitar a praga pelo contato constante com aromáticos naturais. Preparações de ervas foram usadas durante este período para ajudar a combater a doença.

No século XV, óleos essenciais como olíbano, sálvia e alecrim estavam sendo produzidos. Também havia alguns livros sobre ervas e seus benefícios.

O alquimista Paracelso foi creditado com o termo “Essência”. Durante os séculos XVI e XVII, a perfumaria ficou famosa e começou a se afastar dos óleos essenciais.

Durante o século XIX, alguns constituintes dos óleos essenciais foram isolados à medida que os estudos científicos e as pesquisas evoluíam. A perfumaria era enorme e as mulheres pediam aos joalheiros que desenhassem frascos para conter suas fragrâncias favoritas.

No século XX, com a evolução do conhecimento dos constituintes dos óleos essenciais, também se tornou possível criar produtos químicos sintéticos que levaram ao que hoje conhecemos como pílulas na medicina moderna. Isso também permitiu a criação de fragrâncias sintéticas enfraquecendo o uso de óleos essenciais para fins médicos ou aromáticos.

  • O químico francês René-Maurice Gattefossé investigou os óleos essenciais por suas vantagens médicas no início do século XX, após curar acidentalmente sua pele em chamas com óleo essencial de lavanda.
  • O termo aromaterapia é creditado à Gatefossé, a partir de um artigo de 1928, onde ele defende o uso de óleos essenciais sem quebrá-los em seus constituintes primários. Em 1937, ele escreveu um dos livros mais famosos nesta área “Aromathérapie: Les Huiles essentielles hormones végétales”.
  • Jean Valnet usou óleos essenciais para tratar soldados feridos e escreveu “The Practice of Aromatherapy”.
  • Madame Marguerite Maury foi uma bioquímica que estudou, praticou e ensinou o uso da aromaterapia, principalmente para fins cosméticos.
  • Robert B. Tisserand escreveu o altamente famoso “The Art of Aromatherapy” em 1977, o primeiro livro sobre o tema publicado em inglês.

Do final do século passado até as primeiras décadas do atual, por circunstâncias diversas, as pessoas voltaram a buscar soluções naturais em busca de bem-estar, ou para tratar seus desequilíbrios, daí o uso de óleos essenciais para fins terapêuticos, cosméticos e aromáticos aumentou.

E esse movimento social naturopata, pode ter contribuído para um número importante de pesquisas científicas disponíveis no período, dedicadas ao entendimento da eficácia da aplicação dos óleos essenciais em diversos desequilíbrios físicos, mentais e emocionais. Estudos pré-clínicos, muitas vezes, mas com forte potencial para aprofundamento.

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